Aos ouvidos do cavaleiro errante chega uma ária solitária - uma sonoridade perdida estendendo-se na atmosfera da cidade que, por sorte, tem um rio. A melodia quase gótica tem um efeito anestésico nos seus sentidos. Notas simples, da qual emana todo o mistério da criação. Impossível ouvir algo assim nos dias de hoje; algo contido numa obra maior. Donde virá esta música que se insinua sobre o barulho do metropolitano e da indústria da cidade? Questiona o cavaleiro errante. Recorda-lhe o som de um corneteiro que, por cima da colina, avisa ás gentes da sua torpidez lembrando-lhes, ainda, o valor do desapego material.
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