António de Oliveira Salazar, seguido de Álvaro Cunhal e Aristides Sousa Mendes, foi eleito o melhor dos «Grandes Portugueses» através de um concurso televisivo promovido pelo canal público RTP originando com isso uma situação embaraçosa para a consciência dos portugueses. As interpretações destes resultados por vários historiadores e sociólogos parece ser o de minimizar as concequências históricas deste concurso televisivo.
Uns poderão ver nisso o génio terrível do povo português que provavelmente quis com este voto de protesto alertar o país para os seus reais problemas ou simplesmente como algo que se escondia nos escombros de uma consciência hipócrita.
Seja como for, com este voto no A.O. Salazar, naquilo que parece ser apenas um passatempo, o povo português trai-se a si mesmo de forma vil. Pelo menos os que votaram (41%) perderam de vista o essencial da história portuguesa e da imagem que conquistou no mundo. Camões, Pessoa, 25 de Abril, Zeca Afonso, foram preteridos. O resultado revela ainda uma grande contradição com Alvaro cunhal, arauto do 25 de Abril, no 2.º lugar da tabela seguido do Aristides Sousa o salvador dos judeus na 2.ª Guerra Mundial e, provavelmente, um dos casos mais enternecedores na questão (muito actual) dos refugiados.
Um amigo meu, que estuda na Faculdade de Letras nformou-me que uma das listas candidatas à Associação de Estudantes é de extrema direita. Com isto assim, vou aconselhar-lhe que seja cauteloso e consulte novamente a obra de Amilcar Cabral. Antes que a chama seja ateada para os lados dos «manos».
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