«Eduardo Mãos de Tesoura» (1990). Tim Burton
«O que se passa nalgumas cabeças no arquipélago?» é a pergunta legítima que Amílcar Tavares faz a propósito do ensino superior em Cabo Verde. Como se operacionalizam 8 escolas para cerca de 499.796 habitantes?! Nada melhor do que ir ao mais básico: a Aritmética - a primeira coisa que aprendemos na escola e que serve-nos para a vida toda em todos os nosso raciocínios. Nem é preciso ser engenheiro. Vejamos o mais recente caso - Crime Ambiental + Vital Moeda + Governo + Turismo.
Divisão:
Fazemos uma divisão equitativa de projectos e construções, e respectiva distribuição por regiões do país, de forma a criar um segundo equilíbrio (já não ecológico), sem ferir susceptibilidades regionais mas mantendo, na mesma, a ambição de projectar hotéis e campos de férias. O que fica: progresso e uma falsa consciência.
Fazemos uma divisão equitativa de projectos e construções, e respectiva distribuição por regiões do país, de forma a criar um segundo equilíbrio (já não ecológico), sem ferir susceptibilidades regionais mas mantendo, na mesma, a ambição de projectar hotéis e campos de férias. O que fica: progresso e uma falsa consciência.
Multiplicação:
Multipliquemos os projectos e construções para aumentar e consolidar o turismo em Cabo Verde. O que fica: crime ambiental e falta de consciência.
Adição:
Acrescentemos ao actual «estado ambiental» só mais um ou outro grande empreendimento turístico tapando baias, vistas, repisando as pobrezinhas das tartarugas. O que fica: progresso e uma falsa consciência.
Subtracção:
Mas então, imaginemos a Natureza assim como estava antes da era industrial. Mais atrás, antes sequer de qualquer derrube de árvores. O que fica? Um bando de indivíduos de tangas vivendo em palhotas, curtindo a natureza, de boa consciência … mas ainda sob o olhar curioso de turistas!
Adição:
Acrescentemos ao actual «estado ambiental» só mais um ou outro grande empreendimento turístico tapando baias, vistas, repisando as pobrezinhas das tartarugas. O que fica: progresso e uma falsa consciência.
Subtracção:
Mas então, imaginemos a Natureza assim como estava antes da era industrial. Mais atrás, antes sequer de qualquer derrube de árvores. O que fica? Um bando de indivíduos de tangas vivendo em palhotas, curtindo a natureza, de boa consciência … mas ainda sob o olhar curioso de turistas!
Acho que a nossa Aritmética não vai nada bem, amigos... á pergunta de Amilcar adiciono outra: «não temos mãos a medir?»
6 comentários:
Muito bom post! E eu que sempre fui bom aluno na Matemática, ainda fico mais confuso com certas coisas! hehehe Fka dret! Djon Bronk
Já somos dois, Djon Bronk.
A confirmar-se a 'praga' que um deus nos deixou como sina: 'Haveis de navegar à vista, sempre ao sabor dos ventos!' Triste sina. Fica a ideia de que não sabemos quem somos, para onde vamos e nem o que queremos...
Todos nós temos um pouco de Moby Dick, Fonseca Soares.
Olá Mário!
Muito obrigado pela menção e palmas pelo complemento.
É preciso dividir o bem pelas aldeias. Mas duvido que seja com esta geração de políticos, pois gémeos siameses.
Um abraço.
È isso aí. Aproveito, já agora para te dar os parabens pelo teu excelente blog. Contem muita informação e é esclarecido.
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