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sexta-feira, junho 03, 2011

CULTURA: ESTADO DE COISAS

Marcel Duchamp, "Mile of String"(1942, New York)




A cultura está a ser uma questão mal abordada. Aquilo que deveria ser entendido como fluxos e movimentos, está a ser contemplado com uma visão parmenidiana, na qual se joga o papel da história e da identidade perene de um povo.


Esta situação não difere dos outros países africanos. Como atesta Máté Kovács, coordenador de pesquisa do Observatório de Políticas Culturais na África, no relatório “A economia criativa e a erradicação da pobreza na África: princípios e realidades”: “Em muitos países (africanos), não há nenhuma política cultural nacional formulada. Em outros casos, as políticas culturais oficiais não são adaptadas às necessidades e às situações das populações. Na verdade, para grandes massas da população, em especial nas áreas rurais, a cultura continua sendo essencialmente uma parte do modo de vida tradicional de sua comunidade, para a qual as atividades, os bens e os serviços culturais propostos pelas instituições culturais oficiais e pelo sector de negócios não são de nenhuma relevância”. (Maté Kovács, 2008: pp. 100) in "Economia Criativa – como estratégia de desenvolvimento, uma visão dos países em desenvolvimento” Edição: Observatório Itaú Cultural: São Paulo.

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