Todos temos um certo carinho pela TCV, por ser nosso. Gostamos de odiar a sua disfiuncionalidade, os gaffes dos apresentadores, o vedetismo, por vezes, mal disfarçado dos seus funcionários. Já é sabido de todos que a sua funcionalidade é cíclica: há alturas em que parece dar voz a sociedade civil ( a única razão porque deve existir uma televisão pública) e outras em que lhe dá uma amnésia: é quando deixa de fazer um jornalismo sério e só partcipa da dinâmica dos lobbies políticos e culturais, sem os desmascarar. Tal amnésia não se desculpa com o estado da democracia caboverdiana porque, no fundo, é o jornalista que faz a democracia (seja da TCV d'A Semana ou do CV Liberal On Line). Não compreendo porquê é que se faz uma entrevista a um lider de um partido político e só se lhe questiona, a maior parte do tempo, sobre cadernos eleitorais!! Parece-me que a lógica do «quando e como pensam ir ao bolo do poder?» tornou-se uma espécie de subtexto na postura mental dos jornalistas caboverdianos: ele agora é um político?! . Há excepções, é claro: há quem define e defenda, ainda, a sua agenda setting.
A TCV, regra geral, refugia-se sempre nas «razões técnicas e funcionais» (como fez agora o seu Director da Informação no caso da ANMCV) e isso já se sabe é como desligar o micro a quem vai fazer uma intervenção pública para depois dizer que não tinha pilha. Razões e Desculpas?! Sinceramente, até aqui já não vejo muita diferença entre uma razão e uma desculpa formulada ( esta última é que costuma «chamar» demasiado tarde e ás vezes nem chega).
O senso comum diz simplesmente: têem que defender o seu tacho. Mas a questão é outra bem mais complicada: estão cheios de medo que lhes tirem o tacho e a colher da boca?
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