Aristides Maria Pereira, enquanto 1.º Presidente da República de um país libertado como Cabo Verde teve a tarefa mais difícil de todos os presidentes cabo-verdianos, pois tinha que lidar com uma terra com um clima difícil para o desenvolvimento da agricultura, actividade primária indispensável ao sustento de uma economia que pretendia emergir do nada. Ele, praticamente, teve que "pedir" para todos nós o que, em termos diplomáticos, equivale a dizer "negociações a fundo perdido". O que Cabo Verde tinha a dar, nessa altura? Nada. Só um povo jovem, inteligente e ávido de saber, tinha Aristides Pereira, como «garantia», para «negociar». Tal como os primeiros grandes líderes, saídos da independência dos países africanos, ele teve que viajar para todos os cantos do mundo, mas não o fez para engordar a sua conta bancária, contrariamente às outras figuras históricas que se degeneraram em ditadores monstruosos dessa África libertada.
Se Amílcar Cabral é o arquétipo do que se entende por «herói» clássico, Aristides Pereira é a personificação do «herói» moderno que, ciente das suas fragilidades, fez dela a sua maior força. Isso é o panteão dos notáveis.
Inevitável!
Se Amílcar Cabral é o arquétipo do que se entende por «herói» clássico, Aristides Pereira é a personificação do «herói» moderno que, ciente das suas fragilidades, fez dela a sua maior força. Isso é o panteão dos notáveis.
Inevitável!
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