Rosana Almeida (www.rtc.cv)
A apoiar os repórteres e pivots dos programas, temos os imperturbáveis “funcionários das imagens” – realizadores, montadores e operadores de câmara da TV que, por vezes, com alguma autonomia, se aventuram por novas rotas de reconfiguração simbólica de uma dada imagética cabo-verdiana. Ocupados em abastecer o contingente de imagens “tecnopolíticas” (Stefan Sfez; 1990) não deixam, porém, de atribuir, à câmara, a sua função criadora. Alguns destes “funcionários” da imagem chegam a aventurar-se na área de realização de clips musicais, nos negócios informais da produção musical nacional, e têm procurado, naturalmente, contribuir para a construção de um imaginário cabo-verdiano moderno.
No que toca aos aspectos marcadamente televisivos e de influencia social, existem as tais figuras proteicas e prospectivas que despontam nas televisões, em qualquer parte do globo em determinadas conjunturas políticas e de desenvolvimento. Em Cabo Verde essa figura é assumida, diferenciadamente, pelos incontornáveis jornalistas Rosana Almeida, Valdemar Lopes, Maria de Jesus Lobo e pela apresentadora Margarida Fontes, que na Televisão de Cabo Verde empreendeu, nos últimos anos, uma retro-alimentação do sistema político, social e cultural, em programas como “Grandes Acontecimentos” ou “Sítios e Monumentos”. Apoiada numa elite intelectual, Fontes realiza um acompanhamento tácito do desenvolvimento do país, no ritmo parcimonioso das suas grandes reportagens. O papel da televisão enquanto vector de conhecimento tem conhecido o seu expoente com a arte desta realizadora que sobreleva um certo prosaísmo a nível narrativo, provavelmente demasiado preocupada em realçar a importância dos assuntos tratados. A regularidade e a consistência nos assuntos, que tem por norma abordar, faz dela uma das figuras incontornáveis na moderna televisão cabo-verdiana.
O modelo mais idiossincrático produzido por esta emissora foi, porém, o «Konbersu Sabi», que foi beber às raízes para trazer um modelo de conversação tipicamente santiaguense, altamente performatizado pela Matilde Dias, um dos rostos mais marcantes da televisão cabo-verdiana, até à actualidade.
A apoiar os repórteres e pivots dos programas, temos os imperturbáveis “funcionários das imagens” – realizadores, montadores e operadores de câmara da TV que, por vezes, com alguma autonomia, se aventuram por novas rotas de reconfiguração simbólica de uma dada imagética cabo-verdiana. Ocupados em abastecer o contingente de imagens “tecnopolíticas” (Stefan Sfez; 1990) não deixam, porém, de atribuir, à câmara, a sua função criadora. Alguns destes “funcionários” da imagem chegam a aventurar-se na área de realização de clips musicais, nos negócios informais da produção musical nacional, e têm procurado, naturalmente, contribuir para a construção de um imaginário cabo-verdiano moderno.
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