Paquete de Oliveira (RTP)
A cultura que se vai edificando sobre o audiovisual tem, portanto, os seus “criadores activos” e “consumidores”. Essa é a conhecida guerra contra o “rio tóxico da violência e do sexo na TV” que se trava nas escolas e ensinos superiores, e através de associação de consumidores, em todos os países desenvolvidos. Pede-se a capacidade de elaborar projectos para televisão que vão de encontro à emergência de novos paradigmas de conhecimentos sociais, científicos e tecnológicos. A propósito, um dos casos mais felizes na elaboração de conteúdos programáticos, nos últimos anos, é, a nosso ver, o programa “Regiões” emitido na TCV (desde 2009), um dos programas de maior alcance social, que investe em profundidade nas complexidades e problemas das regiões e das pessoas. Os relatos e as narrativas sóbrias, aliados à uma boa qualidade das imagens, estilo e sobriedade no design, veiculam informações detalhadas, para além de trazer vozes especializadas nos diferentes assuntos abordados. Apoiando-se em entrevistas, cada jornalista, por cada reportagem apresenta múltiplos pontos de vista retirando daí o essencial do problema.
Sendo, o género televisivo, a reportagem, fácil se torna, entretanto, confundir a panóplia de opiniões recolhidas, em entrevista, com a abordagem de um estado real das coisas, algo que só poderá ser trazido á tona por documentários, narrativas e visões particularizadas de quem vive permanentemente um conjunto de situações para depois os exprimir, com tempo e dinheiro.
Relativamente à questão do «lixo tóxico» da violência e do sexo que flui na programação, há que ponderar a figura de um Provedor que sonda o mercado e a audiência, mantendo-se fiel aos princípios liberalizantes das sociedades democráticas modernas. Algo que poderia ser, também, equacionada no sentido de evitar tendências demasiado corporativas face aos colectivos de civis, cidadãos, telespectadores, adultos e crianças. Fica, igualmente, por reflectir sobre a proposta de Karl Popper, que defende a criação de uma Ordem que forma, prepara, regula e superintende profissionais das emissoras televisivas, ao mesmo tempo que se reforça o carácter educativo e estruturante da TV na vida das crianças e na formação dos adultos.
Relativamente à questão do «lixo tóxico» da violência e do sexo que flui na programação, há que ponderar a figura de um Provedor que sonda o mercado e a audiência, mantendo-se fiel aos princípios liberalizantes das sociedades democráticas modernas. Algo que poderia ser, também, equacionada no sentido de evitar tendências demasiado corporativas face aos colectivos de civis, cidadãos, telespectadores, adultos e crianças. Fica, igualmente, por reflectir sobre a proposta de Karl Popper, que defende a criação de uma Ordem que forma, prepara, regula e superintende profissionais das emissoras televisivas, ao mesmo tempo que se reforça o carácter educativo e estruturante da TV na vida das crianças e na formação dos adultos.
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