O papel jogado pelo som, voz off, música e efeitos especiais está definitivamente implantada no cenário de produção nacional: uma evolução que ocorreu num par de anos no nosso arquipélago. Em 1998 ainda se apalpava os terrenos da performance e da técnica audiovisual mas, actualmente, com a proliferação das novas tecnologias multimédia um criativo pode fabricar em modalidade in-house producion os seus produtos audiovisuais e aprimorar clips musicais e spots de forma descomplexada. Isso vem reconfigurando, sobremaneira, o cenário de produção publicitária em Cabo Verde. Uma pequena parcela da produção nacional de spot TV tem estado nas mãos de criativos isoladas que dispondo de um portátil e de um software de edição concebem os seus trabalhos, vendendo-os a terceiros – os anunciantes.
Porém, no cenário de produção profissional o esforço em atingir a profundidade que a publicidade leva alguns dos nossos criativos e realizadores a munirem-se de sonoridades enigmáticas, de imagens edílicas, e de conceitos pseudo-intelectuais como forma a produzir um sentido de que a publicidade, pela sua natureza efémera, desconhece.
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