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quinta-feira, agosto 18, 2011

Debate JCAF vs. MIS. (Score): KNOCK OUT TÉCNICO!

Round 1. Transferência bancária em períodos de campanha. O primeiro knock down que JCAF infligiu a MIS foi no momento em que se referiu ao facto de, constitucionalmente, não se dever fazer transferência em períodos de campanha eleitoral [mesmo que uma testa de ferro como a Cristina Duarte pense que pode fazê-lo]. Esse gancho de direita foi aplicado a MIS numa altura em que ele, precisamente, se sentia seguro da sua argumentação erística* de quem tem sempre razão. Conseguiu, ainda, levantar-se sem perder a postura e a dignidade.

Round 2. Justiça. Neste capítulo MIS foi mesmo ao tapete, clamorosamente, por knock down! A questão da criação do Tribunal Constitucional – pedra de toque do Movimento para a Democracia – como garante efectivo da democracia e a do Provedor da Justiça como garante da justiça nos domínios civil e penal, foi, respectivamente, um gancho de direita seguida de uma esquerda em cheio no dossier levezinho e repetitivo de MIS. Ainda assim, conseguiu levantar-se passados 30 segundos.

Round 3. “Déja Vu”. Muitos momentos de debate foram repetitivos, uma vez que as perguntas tornaram-se recorrentes e as respostas iguais, sobretudo no que toca à posição política de ambos os candidatos. As manobras é que não resultaram bem. Falhou a arbitragem jornalística, que permitiu muitos descansos entre os "ombros suados dos lutadores".

Round 4. A Borboleta e a lagarta. MIS nunca chegou a levantar vôo, sempre metido no seu casulo. Teve um discurso amorfo e inconsequente. JCF esteve a saltar livremente de um lado para outro numa profusão de ideias e palavras, umas academistas outras politizadas, mas sem nunca deixar de se pautar pelo intelecto strictu sensus. Neste domínio JCAF é imbatível! MIS acabou pedindo clemência. Pareceu uma luta entre Muhammad Ali (Cassius Klay) e George Foreman.

Round 5. KNOCK OUT TÉCNICO! Dignidade Ofendida! Nas histórias de Kung Fu e outras Artes marciais um Mestre A de uma escola nunca envia um discípulo para lutar contra um outro Mestre B de uma escola diferente, se ele próprio (o Mestre A) anda estiver vivo. Normalmente essas grandes batalhas travam-se entre mestres de ambas as escolas. Foi, por isso, uma luta desigual entre o Mestre de uma escola política e o discípulo de uma outra escola. E agora quem vai vingar o discípulo? O seu Mestre? Ou um outro discípulo enviado pelo Mestre?
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* Dialética erística ( ou de como vencer um debate sem precisar ter razão) é um importante, porém inconcluso, acréscimo do sistema filosófico de Arthur Schopenhauer. Nele, Schopenhauer analisa os "principais esquemas argumentativos enganosos que os maus filósofos utilizam, com razoável sucesso, para persuadir o público de que 2 + 2 = 5",[1] baseando-se, principalmente, nos Tópicos de Aristóteles. Mencione-se que, por dialética erística, termo que constitui o subtítulo do livro, Schopenhauer entende "a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isto per fas et nefas (por meios lícitos ou ilícitos)" (In Wikipedia).

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