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domingo, março 12, 2006

Olho no Telescópio II: Nebulosa de Caranguejo


En 1054, na constelaçäo de Touro apareceu de improviso uma estrela que antes näo existia. Chamaram-na Nebulosa de Caranguejo. Em pouco tempo alcançou uma magnitude mais luminosa que o planeta Venus no seu máximo esplendor, e permaneceu visível durante quase um mês em pleno dia. O facto foi considerado täo extraordinário que os astrónomos da época, em particular os chineses, que eram atentos observadores dos fenómenos celestes, o registaram nas suas tábuas científicas. Em 1949 se descobriu que é uma intensa fonte de ondas de radio, e cinco anos depois se determinou que estas säo geradas por electröes que se movem dentro da nebulosa a velocidades muito próximas da luz. Em 1968 chegou-se á conclusäo de que a nebulosa contêm um pulsar, uma estrela de apenas vinte kilómetros de diâmetro, girando sobre o seu eixo trinta vezes por segundo. Pouco depois se estabeleceu, por fim, que tanto a nebulosa como o pulsar säo intensas fontes de raios X e raios gamma.
Localizada na constelação de Touro, a Nebulosa do Caranguejo é o resultado da morte de uma grande estrela, que explodiu liberando uma enorme quantidade de energia, perfilando-se como uma das estruturas mais complexas e dinâmicas já registadas pelos astrônomos.

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