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sexta-feira, dezembro 29, 2006

quinta-feira, dezembro 28, 2006

«Nhara Santiago» di Nhonhó Hopfer


Associação Caboverdiana e un di kes lugar di Lisboa, a par di B.Leza, na undi ta kustuma konsentra kabuverdianidadi (N debia flaba kabuverdianus ma nu sabe ma nen senpri é ka mesmu kusa). Na kel bran bran di imigrason li, txeu bes nu ta skese di certus kusa ki ta faze-nu kel ki nôs nu e. Y un di kes kualidadi ki nos kabuverdianu nu tem é di kolesiona sonhus ku sakrifisu, na kel kaminhu xei de terra ku pedra ki Deus kumesa ta mostra-nu logo na primeru dia. Onti, Sr. Nhonhó Hopfer parce ku se disku «Nhara Santiago» k'e toma inda fresku di iditora. Kau ki staba se irmon José Luis Hopfer (pueta), José Luis Tavares (ôtu pueta) y kompanhia lda. Nu foi, talvez, di kes primeru a sukuta albun ku algum atenson. Ten nel kes kantiga ki dja dura nu ka ôbi y ki ta faze-nu lenbra nos condison di kabuverdianu. N atxa-l un albun xei di karáter y di personalidadi. Na un fonti ki ka ta kaba N.H. fâze um skodja interesanti di kantigas ki ta poi kel disku li na linha di um «rivivalismu» (na giria musical) di musica téra, sen trai kel verson original. É moda un palimpsestu na undi nu ta konsigui ôdja, inda, un sinal di tempu ki dja pasa. Sima êl mesmu e fla «kel disku li é um actu kultural» sen intenson di lucro ó di kaprixu.

Pa mi é um albun cool, ku kes musika ki ta lembra-m kel bóka tardi, kantu N ta xintaba na solera di porta ta sumara tenpu.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

A Arte do Documentário


Alguma pratica do documentário é um exercício de encontro através das palavras com a intenção de lutar contra a hostilidade civil, psicológica e familiar em relação a um dado tema ou quadro apresentado. Sua dimensão é inteiramente testemunhal, pondo de relevo testemunhos verbais dos sentimentos e afectividades das pessoas sobre uma dada realidade. A posição autoconsciente do realizador, neste caso, assenta muito na afectividade com o social. Normalmente não utiliza demasiados fundos musicais. A sua arte remonta, em certo sentido, aos irmãos Lumiére.

Existe uma outra práctica de documentário que é, no fundo, um trabalho ensaístico filmado como interlúdio de uma ficção. Este tipo de escrita documentaria planeia uma ligação entre a beleza e a crueldade humanas como catalizadores de todo o jogo de sentido. A sua prática documentalista costuma centrar-se mais na forma de olhar para a arte, por entre os planos, o ritmo das palavras e os efeitos de sentido. O seu espectro vai desde os chamados documentários de criação, passando por filmes-ensaio / fakes, até propostas estéticas mais arrojadas e vanguardistas. A sua arte inscreve-se no mundo de Georges Mélies.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Autocrítica

Aguda receptividade e espontaneidade de pensamento, sim, mas se se dá uma importância desmesurada ao factor subjectivo de todas nossas vivências poder-se-á confundir o entendimento e é-se impulsionado. então, a empregar obscuras metáforas.

terça-feira, dezembro 19, 2006

O trabalho é amor tornado visível. K. Gibram

Ária da cidade

Aos ouvidos do cavaleiro errante chega uma ária solitária - uma sonoridade perdida estendendo-se na atmosfera da cidade que, por sorte, tem um rio. A melodia quase gótica tem um efeito anestésico nos seus sentidos. Notas simples, da qual emana todo o mistério da criação. Impossível ouvir algo assim nos dias de hoje; algo contido numa obra maior. Donde virá esta música que se insinua sobre o barulho do metropolitano e da indústria da cidade? Questiona o cavaleiro errante. Recorda-lhe o som de um corneteiro que, por cima da colina, avisa ás gentes da sua torpidez lembrando-lhes, ainda, o valor do desapego material.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Onde é que eu já li isso?

Não há nenhum problema em que o Bem se vingue sobre o Mal. Basta que os Anjos se organizem ao jeito da Máfia.

Puro Veneno

Em Bagdad, um grupo de homens armados e encapuzados atacou ontem as instalações do Crescente Vermelho ( congénere da Cruz Vermelha no Oriente) e raptou 30 homens desta organização. Enfraquecer a presença internacional naquele país, privando as vítimas feridas dos cuidados médicos e logísticos, revela, de facto, o lado mais sinistro do terrorismo.

Personalidadi di Anu é Bô

Para a «Times» Magazine a personalidade do ano 2006 é cada um daqueles que utilizam computadores para navegar na internet. A revista colocou um espelho no lugar de um ecrã de computador para mostrar que a imagem reflectida é o leitor. YOU - pode ler-se em letras gordas na capa daquela revista norte-americana. Em jeito de explicação lê-se na página on line da TIME: «(...) look at 2006 through a different lens and you'll see another story, one that isn't about conflict or great men. It's a story about community and collaboration on a scale never seen before. It's about the cosmic compendium of knowledge Wikipedia and the million-channel people's network YouTube and the online metropolis MySpace.»

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Blogues serão orgãos de informação daqui a dez anos

Dois estudos apresentados em Paris, no encontro internacional Web3, revelam que os blogues, dentro de dez anos, tornar-se-ão órgãos de informação equiparados aos meios tradicionais. »A ideia de que somos ao mesmo tempo consumidores e produtores, podendo contribuir activamente para as nossas próprias decisões e as dos nossos amigos e vizinhos, será tão natural no futuro, como é hoje ler um jornal» afirma o investigador Dave Sifry, fundador do motor de pesquisa americano "Tecnorati" e Alexis Helcmanocki, responsável do instituto de sondagem francês IPSOS. O facto de 60 milhões de blogues estarem catalogados, ao fim de Setembro leva a crer que o blogue se vai impor entre os utilizadores destes diários na internet. De acordo com o último recenseamento do motor de pesquisa "Tecnorati" o fenómeno está a conquistar rapidamente novos espaços linguísticos, nomeadamente chineses (10%) e japoneses (33%) que aparecem logo a seguir ao inglês (39%).
Fonte: Portugal Diário

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Kel li é Prenda Ki N Pidi Pai Natal

Activismo Artístico

Na sequência do flme colectivo «Meta_Fora» e das sessões na Kasabela, arrisco-me a equacionar nesta altura uma espécie de activismo artístico no domínio audiovisual, na cidade da Praia, assente na ideia de experimentação. Algo que ainda não tem um nome colectivo, ou do qual provavelmente não se terá, ainda, consciência. Pelo que já li e ouvi, esse grau de consciência tem menos a ver com a criação de um manifesto artístico ( como o do Dogma 95, por ex.), do que com o processo vital que acompanhou o despontar do neo-realismo italiano ( algo como: ir fazendo). A meu ver pode-se sempre optar por uma terceira via - uma revista processual que acompanhe as evoluções do processo criativo, isto é, á medida que se vai fazendo escreve-se e critica-se outros trabalhos, num processo criativo cada vez mais confluente. Seja como for, quanto mais rápido for o evolucionar deste aspecto inconsciente (ou talvez ainda não assumido) mais seguros serão os resultados. Um certo «Finka Pé» na Sperimenta dja stá lá. Li sim, ka tem dúvida. Salve-se o meu atrevimento?!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Filme Colectivo «Meta_Fora»

Aos realizadores do filme colectivo “Meta_Fora”- Amilcar Aristides, Ana Cabral, Andreio Correia, Cesar Schofield Cardoso, Helga Roessing, Irani Maia Pereira, Ivan Silva, Jair Silva, Maria de Lobo, Micaela Barbosa, Paulo Cabral, Priscila Kriegler, Ricardo Leite, Zenito Weyl.

Porque não assinalar aqui o «Momento de Viragem» no audiovisual e documentário caboverdiano? Uma nova prisma na imagética caboverdiana?

Ver sem revelar, em si, a dor - é isso a Coragem.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Reitor

" A palavra tem origem no latim rector, ou seja, «aquele que domina a retórica» ou simplesmente «aquele que tem a palavra». A história do reitor se confunde com a história das universidades desde a sua criação." (Wikipédia)

Bom, isso para quem já ouviu António Correia e Silva a falar ou a dissertar ...

Liberalização, latu sensu


Se vermos bem, a liberalização do sector televisivo já existe, na perspectiva do consumidor/telespectador, com a proliferação de antenas parabólicas. Já há muito que os caboverdianos vêem usufruindo de vários canais de TV, por isso, a questão que se coloca é se se aumentará o n.º de programas de caboverdianos para caboverdianos. A atribuição de licenças de televisão em sinal aberto a todos os concorrentes só fará sentido se o resultado for um acréscimo ou enriquecimento da cultura, política e arte caboverdiana. Presumo que tal seja um dos requisitos mínimos exigidos aos concorrentes TV Record Cabo Verde, RTI, Media Press, Tiver, Nôs TV e TV Lacacan.