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Num sector dificil progressão, dada á escassos apoios e subvenções, e que ainda por cima requer recursos onerosos para arrancar projectos, a criação de produtos audiovisuais colectivos está ganhando cada vez mais terreno. Em Lisboa já existe a U10, um grupo de criativos na área da videoarte, que adoptou esta estratégia como método de trabalho e já conta com inúmeras exibições em espaços como a Alquimia. Em Bilbao conheci um colectivo com uma estranha postura face a Televisão pública e cujos principios e metodos estão cristalizados no próprio nome adoptado:
Amatau TV [que significa, em euskera, Apaga a TV]. A sua ideia inicial era lutar contra a
hiperinflação das imagens provocadas pelas televisões generalistas, criando objectos audiovisuais híbridos, estranhos e que relembram as origens da específica arte de registar imagens e movimentos. Infelizmente a trajectória desse colectivo sofreu um desvio diferencial e começou-se a pensar na criação de uma televisão pirata, traindo, desta forma, o projecto original.
O mais recente filme Paris, Je táime apoia ainda mais esta tendência: vinte bairros de Paris, 20 realizadores reinventando histórias de amores roubados, passageiros, revelado (como esse.«O Marais» visto por Gus Van Sant), assim como história vampirescas. Elucidativo, apesar de raro.
A receita é simples e práctica: um a favor de todos e todos a favor de um. Com esta filosofia se pretende escrever e filmar projectos mais humanos e criativos.
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