Com tanta autocomplacência e auto elogio o sentir caboverdiana está a chegar aos limites do grotesco. Começamos a ver figuras esguias e distorcidas sobre uma decoração política e social cinzenta. Essas figuras chegam muitas vezes a ser tão coloridas que acabam por dar origem ao cómico, dado os efeitos que suscitam naqueles que nada mais têem a oferecer senão a compreensão. Um país em que aprendemos a comer pedras com as cabras torna-se criminoso haver tanta vaidade e ostentação. Um país que começa a produzir autoelogios, e a inventar histórias e que, em vez de paradas militares faz, hoje, paradas culturais e elitistas para a simples contemplação estética, sem mérito nem desmérito, sequer. Estamos, em termos ontológicos, exactamente no percurso sensológico que levou Nero a incendiar Roma só para admirar a forma e a proporção das chamas. Não estou a exagerar: ... foi mesmo a impressão que me passaram uns quantos neo-conservadores que ainda graçam (passe o neologismo) no mundo da política e da arte caboverdianas.TEMAS
AUDIOVISUAL
(47)
CINEMA
(47)
POLÍTICA
(36)
CULTURA
(33)
MORAL
(24)
ARTE
(20)
CINEMA CABOVERDEANO
(17)
LITERATURA
(17)
NÚMEROS
(7)
JUSTIÇA
(5)
SOCIEDADE
(3)
FILOSOFIA
(2)
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
O Grotesco no Sentir Caboverdiano
Com tanta autocomplacência e auto elogio o sentir caboverdiana está a chegar aos limites do grotesco. Começamos a ver figuras esguias e distorcidas sobre uma decoração política e social cinzenta. Essas figuras chegam muitas vezes a ser tão coloridas que acabam por dar origem ao cómico, dado os efeitos que suscitam naqueles que nada mais têem a oferecer senão a compreensão. Um país em que aprendemos a comer pedras com as cabras torna-se criminoso haver tanta vaidade e ostentação. Um país que começa a produzir autoelogios, e a inventar histórias e que, em vez de paradas militares faz, hoje, paradas culturais e elitistas para a simples contemplação estética, sem mérito nem desmérito, sequer. Estamos, em termos ontológicos, exactamente no percurso sensológico que levou Nero a incendiar Roma só para admirar a forma e a proporção das chamas. Não estou a exagerar: ... foi mesmo a impressão que me passaram uns quantos neo-conservadores que ainda graçam (passe o neologismo) no mundo da política e da arte caboverdianas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário