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Finalmente a Academia agraciou
Martin Scorcese com um oscar nas duas categorias que já merecera inúmeras vezes: melhor realização e melhor filme (para os produtores), por «The Departed» («Entre Inimigos»). Esta era de facto a sua ultima oportunidade, em termos simbólicos, uma vez que neste seu ultimo filme reuniu tudo o que conseguira desenvolver outrora, com filmes como
Taxi Driver,
Tudo Bons Rapazes e
Touro Enraivecido): o estilo, o método de narração, a atmosfera neo-realista dos filmes de L. Visconti (que ele adorava), o assunto da mafia, a fluidez e a expressividade da câmara. Se a a Academia não o tivesse premiado seria uma ofensa para a arte cinematográfica como o foi o facto de José Luis Borges nunca ter sido Premio Nobel da Literatura só porque escrevia novelas. Teria sido o exacto equivalente disso no mundo do cinema uma vez que os temas escolhidos por Scorcese para filmar, por alguma razão nunca tiveram o agrado dos membros da Academia).
Oscars 2007 irá, por certo, revitalizar a industria cinematográfica, que tem estado a abandonar a mística que originalmente o caracterizava. Nota, ainda, para Forest Whitaker como Melhor Actor em «O Ultimo rei da Escócia» (biopic sobre o ditador ugandês Id Amin Dada); e também para Jennifer hudson (salve-se) para Melhor Atriz Secundária, a aumentar o lote de actores negros já aclamados pela Academia.
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