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sexta-feira, agosto 31, 2007

O de OUT

Há umas semanas atrás ajudei uns colegas brasileiros a procurar apartamento aqui em Lisboa. Depois de várias olhadelas e senhorios ansiosos por alugar chegamos finalmente á zona da Ajuda (Deus estava connosco). A senhoria até era uma boa senhora: daquelas mulheres portuguesas que parece que ainda vivem no tempo da monarquia. Tratou-nos como a seus súbditos e alugou aos meus colegas o apartamento calmo e tranquilo. A rua chamava-se Rua Filinto Elísio. (isso mesmo! aqui mesmo em Lisboa!) Daí, pensei: mas não será o ...? Bem mas a minha preocupação não era bem essa: a minha única preocupação era esse colega, meio andrógeno, que eu queria ajudar mas que não parava de me lançar sinais. E que sinais!! Eu já não sabia o que fazer. «Deve ser um tique ou uma mania qualquer do rapaz.» Passado uns dias fui visitá-los a ver como estavam acomodados. Só lá estava o meu amigo com aspecto de quem tinha acabado de bater uma pívea. Umas conversas de circunstância e convidou-me para ir ver o quarto que ele tinha escolhido (faço aqui uma elipse para cabeças confusas). Minutos depois estava ele na internet. Também fui á internet dar um check. Sem querer abrí uma janela e encontrei lá um blogue chamado todo o Mundo te quer, cheia de fotos de homens nus. Uauuu!!! No meu humor tranquilo de sempre achei bem que ele se declarasse daquela forma. Fiquei-lhe grato por isso. Curioso é que a rua se chamava Rua Filinto Elísio: não vou dizer em que zona. Um daqueles grandes mistérios? Bem, aproveitei para pesquisar quem é Filinto Elísio na internet e encontrei isto:


«Filinto Elísio é o pseudónimo que Francisco Manuel do Nascimento recebeu de D. Leonor de Almeida, Marquesa de Alorna, a quem ensinou latim quando esta se encontrava reclusa no Convento de Chelas e por cuja irmã, Maria, se apaixonou platonicamente.
Estudou os clássicos e foi admirador incondicional de Horácio.


Filinto Elísio foi um defensor incondicional do purismo da língua portuguesa e é considerado por muitos como um dos precursores do Romantismo português. Se quiseres saber amis click

http://br.geocities.com/poesiaeterna/poetas/portugal/filintoeliseo.htm#Ode»

[Ah, e lá se vai o ortónimo meu caro, já que escreves em Português. Acho melhor começares a usar o outro da arte .]


Mas apartir desse incidente curioso uma coisa ficou: ocorreu-me que o nosso Filinto Elísio, da blogosfera kauberdianu, age como se todo o mundo lhe queresse, actuando como um seu superintendente. Sim, todo o mundo te quer, Filinto Elísio. Filinto Elísio: ès Gay. Não me admira que quando chegues ao meu blogue batas uma punheta. [«O besteirol de Mário Almeida há de me chamar hermético. Vê-se que é alguém que não se masturbou em tempo dos lobos. Too bad. Mais uma vez, concordo com o Abraão Vicente, mais substantivo do que os betinhos, neoradicais, lobinhos e seus afluentes, de pequenas causashttp://www.albatrozberdiano.blogspot.com/]




[Ah, outra coisa: perguntaste pelo meu clã de neo radicais e lobitos? Estão a morrer de rir aqui ao pé de mim: Lobo solitário, deixaste de ser solidário ( com a malta nova).]


A minha próxima letra é P. Deveria ser o P de Pedante (aquilo de que já deste provas mais concretas) mas prefiro deixar as coisas por aqui. Noblesse Oblige.