Estou de castigo estes dias. Chamaram-me de criança, infantil e mandaram-me escrever uma composição sobre a mulher por ter infringido uma das suas regras básicas. Por isso cá vai a composição, como as que costumamos fazer na escola primária:
Composição
«A Mulher»
A Mulher é uma criatura rara (ponto). Faz as coisas com determinação, pensa em vários assuntos ao mesmo tempo e é demasiado séria nas negociações (ponto). Decididamente ela já fez cair o mito do sexo fraco. Mas numa coisa continua sempre mulher, sempre ela: a sua própria composição (ponto parágrafo).
A necessidade imperiosa de se sentir adorada leva-a, por vezes, a trair-se nesse intento quando, por exemplo, leva involuntariamente os dedos ao cabelo a meio de uma reunião de trabalho enquanto observa o potencial admirador ou mesmo quando, abusivamente, não quer parar de falar sobre um não sei quê de inovação (ponto). Para se elevar ao pedestal de idolatrada e venerada está disposta a tudo até a transmutar-se nas suas origens e modos (ponto e continua na mesma linha). A mulher africana quer parecer-se com a latina alisando o cabelo, pintando os lábios; a mulher latina quer parecer-se nórdica, alisando ainda mais o cabelo, branqueando-a, acinzentando-a e esforça-se para que a sua expressão facial pareça mais fria e glacial possível; a mulher nórdica quer parecer-se com a africana trançando o cabelo e, não raras vezes, vestindo os seus trajes tropicais.(ponto e espera aí: onde é que está a minha mulher?). Só sei sei uma coisa sobre a mulher: de que nada sei sobre a mulher senão aquilo que me é dado saber. Eureka.(final da composição).
Nome: Mário C.F.V Turma: @ Fila: dos Traquinas e Terríveis
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