TEMAS

segunda-feira, julho 18, 2011

A LITERACIA MEDIÁTICA E OS EXPEDICIONÁRIOS DO VÍDEO (1)

Dziga Vertov nas filmagens de "Entusiasmo" (Rússia, 1930)

Sabe-se que o nível de literacia mediática aumenta à medida que nos tornamos produtores ou realizadores. Num extremo, temos essa camada social que possui fracas estruturas de conhecimento, ou que praticamente desconhece, de todo, a linguagem e as técnicas audiovisuais, e, no extremo oposto, encontramos os futuros activos expedicionários que possuem uma forte estrutura de conhecimento, para além de terem contactos iniciais, amadorísticos ou profissionais com softwares de edição ou com câmaras de vídeo. Interessa-nos aqui este último grupo. Consoante a sua atitude perante os temas audiovisuais, estes elementos são motivados por necessidades específicas que variam de acordo com o seu grau de interesse e motivação. A sua oscilação entre a produção activa ou o consumo passivo é que determinará o futuro do audiovisual cabo-verdiano.

Num interessante estudo sobre esta matéria o investigador James Potter, na sua obra “Theory of Media Literacy” faz uma extensa análise sobre o grau de literacia mediática de um determinado público-alvo restrito de consumidores do medium televisivo, e que, no nosso caso, identificamos como sendo “futuros expedicionários” da videosfera: um grupo de amadores da arte do vídeo e da publicidade. O referido autor classificou em quatro (4) categorias a literacia mediática: os (1) construtores de conhecimento, (2) os conformistas ritualizados, (3) os redutores de dissonância e (4) os géneros "junkies". Consoante a sua atitude perante os temas audiovisuais, estes consumidores, e potenciais “expedicionários”, são motivados diferentemente por necessidades específicas que variam de acordo com o seu grau de interesse, motivação e da sua atitude mental perante os produtos televisivos.

Sem comentários: